25 anos de carreira

O Fado tomou conta da sua vida, e agora, este ano, celebra 25 anos a fazer dele a sua condição. No âmbito das comemorações dos seus 25 anos de Fado, Katia Guerreiro regressa aos palcos num espetáculo que se baseia numa retrospetiva da sua carreira, representando a música, a poesia e a alma portuguesa. Este espetáculo conta com a participação dos músicos: David Ribeiro (guitarra portuguesa), André Ramos (viola) e Francisco Gaspar (viola baixo).

novo single

Capitães da areia

Uma visão pessoal do amor como força libertadora — um sentimento que nos liberta de amarras e nos conecta à intensidade da vida. A interpretação é profundamente íntima, gravada apenas com piano, num ambiente quase sussurrado. Um momento de pura intimidade, em que se descalçou e se aproximou do piano, cantando com suavidade e quase silêncio.

Singles & Discografia

A discografia que reflete a autenticidade da sua expressão musical, marcada por singles que revelam diferentes facetas da sua identidade artística. Cada lançamento é um capítulo da sua trajetória, traduzindo em música emoções, vivências e a singularidade do seu estilo.

Sobre

Saiba mais sobre o percurso, a obra e a visão artística. Explore as influências que moldam a sua música, os projetos em desenvolvimento e a essência que distingue a sua trajetória criativa.
+ Info

Quando, em 2000, começou a cantar, estava simultaneamente a terminar o curso de Medicina, que exerceu durante 12 anos. Mais tarde, dizia-se que, como cantora, curava os corpos durante o dia e as almas durante a noite, com o seu canto, com o seu fado. Assim se fez fadista e acabou por escolher apenas curar as almas, tarefa que tem desempenhado desde então. Contudo, foi em 2000 que entregou ao Fado a sua alma, a sua luz, a sua voz e o seu canto.

Unanimemente reconhecida como uma das mais importantes fadistas do novo milénio, é, acima de tudo, uma embaixadora do Fado e de Portugal nos mais variados círculos culturais internacionais: em prestigiadas salas de todos os continentes e nos mais importantes festivais de músicas do mundo. Recebeu, em Portugal, a Ordem do Infante D. Henrique e, em França, o grau de Chevalier da Ordem das Artes e Letras.

Com dez discos editados, centenas de concertos nos mais prestigiados palcos e festivais nacionais e internacionais, Katia Guerreiro — que durante alguns anos acumulou a prática da medicina com o Fado — recebeu já condecorações em Portugal (Ordem do Infante D. Henrique) e em França (Ordem das Artes e Letras, no grau de Chevalier), sendo reconhecida como uma das mais notáveis representantes da cultura portuguesa no mundo e uma das mais brilhantes cantoras da sua geração.

Os galardões e prémios que tem recebido ao longo da sua carreira são atribuídos em reconhecimento da sua inestimável contribuição para a difusão da cultura portuguesa e para a projeção de Portugal no mundo.

Biografia

Katia Guerreiro é considerada uma das mais importantes fadistas entre o final do século XX e o início do século XXI. Ela certamente faz — e sempre fará — parte da História do Fado, ao lado daqueles que nos deixaram a sua herança: os que, ao longo de mais de um século, ajudaram a construir, desenvolver e preservar a dignidade desta forma de canção. Como eles, Katia Guerreiro foi, um dia, inadvertidamente, marcada pelo fado... por ser fadista.

Nascida a 23 de fevereiro de 1976, na África do Sul, Katia Guerreiro muda-se, ainda criança, para a ilha de São Miguel, nos Açores. Aos 15 anos, inicia o seu percurso musical a tocar viola da terra (instrumento tradicional do arquipélago) no Rancho Folclórico de Santa Cecília. Lisboa será, anos mais tarde, o seu próximo destino, onde frequenta o curso de Medicina, concluído em 2000. Durante esses anos académicos, mantém, no entanto, uma intensa ligação à música: primeiro como vocalista de uma banda de rock dos anos 60, Os Charruas, e mais tarde, pela mão de João Mário Veiga, em carismáticas tertúlias e serões de Fado na capital.

É em 2000 que tem início a sua carreira musical no Fado, ao apresentar-se no concerto de homenagem a Amália Rodrigues, no Coliseu de Lisboa. Na altura, tanto a crítica como o público rendem-se à sua interpretação de "Amor de Mel, Amor de Fel" e "Barco Negro", sendo considerada a melhor atuação da noite.

Discografia

Na sua discografia conta com Fado Maior (2001), disco de estreia onde se destacam "Asas" e "Amor de Mel, Amor de Fel", dois dos mais importantes êxitos da sua carreira; Nas Mãos do Fado (2003), o início de uma homenagem aos maiores nomes da literatura portuguesa; Tudo ou Nada (2004), a continuação dessa homenagem, com a participação do falecido pianista Bernardo Sassetti, que a acompanha na faixa "Minha Senhora das Dores"; Fado (2008), onde edita, pela segunda vez, uma letra de sua autoria — "A Voz da Poesia" — com música de Rui Veloso; Os Fados do Fado (2009), um álbum em que recria alguns dos mais célebres fados dos repertórios de Tony de Matos, Max, Tristão da Silva, Hermínia Silva, Teresa Silva Carvalho, João Ferreira-Rosa e, claro, Amália Rodrigues.

10 Anos - Nas Asas do Fado (2010) assinala o grande reconhecimento da sua carreira internacional e os seus 10 anos de Fado; Até ao Fim (2014), um disco de originais, produzido por Tiago Bettencourt, marca uma viragem na sua carreira, com a participação de Pedro de Castro e Luís Guerreiro (guitarras), João Mário Veiga e André Ramos (violas) e Francisco Gaspar (viola baixo); Sempre (2018), produzido por José Mário Branco — um dos nomes maiores da história da música portuguesa — volta a confirmar o grande reconhecimento artístico da fadista, nomeadamente no que diz respeito à sua capacidade interpretativa.

No início de 2022, Katia Guerreiro avança para um novo disco de originais e convida Pedro de Castro e Tiago Bettencourt para produzirem aquele que viria a chamar-se Mistura.

Em 2018, aquando das gravações de Sempre, ficaram por editar dois temas, igualmente produzidos por José Mário Branco, que são agora recuperados para integrarem a Mistura de Katia Guerreiro.

Os Poetas

A poesia sempre foi um dos maiores desafios da sua carreira. Em todos os seus discos, a escolha de repertório dá especial destaque a alguns dos maiores nomes da literatura portuguesa, bem como a novos talentos e a poetas populares do universo do Fado.

Luís de Camões, Florbela Espanca, António Lobo Antunes, José Carlos Ary dos Santos, Fernando Pessoa, Sophia de Mello Breyner, António Gedeão, David Mourão-Ferreira, Amália Rodrigues, Maria Luísa Batista, Paulo Valentim, João Mário Veiga, Carlos Leitão, Fernando Campos de Castro, Helder Moutinho, José Fanha, Tiago Bettencourt, João Monge, Manuela de Freitas, entre outros, têm permitido a Katia Guerreiro divulgar a poesia e a língua portuguesa por todo o mundo.

Os Compositores

Para além de uma série de adaptações de poemas ao vasto cancioneiro do Fado tradicional, Katia Guerreiro tem interpretado obras de diversos compositores, como Paulo Valentim, João Mário Veiga, Pedro de Castro, Silvestre Fonseca, Dulce Pontes, Alain Oulman, Paulo de Carvalho, José Fontes Rocha, Teresa Silva Carvalho, Carlos Leitão, Helder Moutinho, Tiago Curado de Almeida, Artur Ribeiro, João Ferreira-Rosa, Tiago Bettencourt e José Mário Branco.

Participações Especiais

Em março de 2006, a convite do Diretor do Centro Cultural da Fundação Calouste Gulbenkian de Paris, Katia apresenta nesta instituição uma conferência/concerto intitulada O Fado — o primeiro evento do género dedicado a este estilo musical — com o musicólogo e professor da Universidade de Évora, Ruy Vieira Nery.

Em dezembro de 2013, é a artista portuguesa convidada para atuar no 50.º Aniversário da Europa Nostra, no Palais des Beaux-Arts, em Bruxelas, sendo aplaudida de pé pelo maestro Plácido Domingo.

Durante o ano de 2019, Katia Guerreiro dá voz a canções de Anaquim, Dany Silva e Renato Júnior; participa no Tributo a Celeste Rodrigues e na produção Ópera Spectacular, de Yolanda Soares.

Katia Guerreiro tem colaborado com alguns dos mais importantes músicos e intérpretes do mundo, entre os quais: Maria Bethânia, Amina Alaoui, Plácido Domingo, Rui Veloso, Martinho da Vila, Alcione, José Renato, Santos & Pecadores, Tiago Bettencourt, Marisa Liz, Miguel Gameiro, Rogério Charraz, Anselmo Ralph, Ensemble Basse-Normandie, Hüsnü Şenlendirici, Chieko Kojima, Júlio Resende, Noidz, José Mário Branco, para além de um dos nomes mais lendários do Fado — a falecida fadista Celeste Rodrigues.

Orquestras

Desde 2005, Katia Guerreiro tem colaborado com várias orquestras sinfónicas. Em 2010, realiza uma digressão por dez cidades francesas com o Ensemble Basse-Normandie, que, reconhecendo o seu talento e sucesso em França, a convida para este projeto conjunto.

Em 2019, apresenta-se num concerto em Zagreb, Croácia, no dia 22 de fevereiro, acompanhada pelos seus músicos e pela Zagrebacka Filharmonija (Orquestra Filarmónica de Zagreb), sob a direção do conceituado maestro Dario Salvi.

Katia Guerreiro tem também colaborado com a Orquestra Clássica do Sul, a Orquestra Metropolitana de Lisboa, a Orquestra Chinesa de Macau, a Orquestra Gulbenkian e mais recentemente a Orquestra Clássica da Madeira e a Orquestra Ligeira do Exército.

Prémios e Condecorações

O seu primeiro CD, Fado Maior, editado em 2001, atingiu o estatuto de Disco de Prata, foi nomeado para o Prémio José Afonso e marcou presença pioneira na Coreia do Sul, onde entrou diretamente para o top de vendas.

Em 2003, é novamente nomeada para o Prémio José Afonso com o seu segundo disco, Nas Mãos do Fado.

Nas comemorações do 30.º aniversário da Revolução de Abril, em 2004, Katia Guerreiro foi uma das 30 personalidades distinguidas por se terem notabilizado nas mais diversas áreas de atividade nas primeiras décadas da democracia portuguesa.

A convite do Ministro da Cultura e Comunicação de França, Mr. Donnedieu de Vabres, em 2005, Katia participa nos Rencontres pour l’Europe de la Culture, realizados na Comédie-Française, em Paris, ao lado de grandes nomes da cultura europeia e mundial, como Teresa Berganza, Jeanne Moreau, Costa-Gavras e Barbara Hendricks. Katia encerra a sua intervenção — que inclui um discurso proferido na sua própria língua — com um aplaudido fado cantado a capella, ilustrando o poder expressivo do género. A sua eloquente defesa da identidade cultural de cada Estado-membro da União Europeia vale-lhe, no ano seguinte, a nomeação como Membro do Parlamento Europeu da Cultura.

 

Em fevereiro de 2006, é distinguida com o prémio Personalidade Feminina 2005, conquistado entre os nomes mais destacados do panorama musical português, sendo reconhecida como “uma das mais bonitas vozes da atualidade, aliada a uma invulgar capacidade vocal”.

Em maio de 2010 — ano em que celebra uma década de carreira artística — Katia recebe o prémio de Melhor Intérprete, atribuído pela Fundação Amália Rodrigues, no âmbito dos Prémios Amália.

Em dezembro de 2013, é condecorada pelo Governo Francês com a Ordem das Artes e Letras, no grau de Chevalier, reconhecendo-a como uma das mais notáveis representantes da cultura portuguesa a nível mundial.

Em janeiro de 2015, é distinguida pela Presidência da República Portuguesa com a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique, pelo seu inestimável contributo para a divulgação da cultura portuguesa e para a projeção de Portugal no mundo.

Em outubro do mesmo ano, Katia Guerreiro é nomeada para o prestigiado prémio Lunas del Auditório (México), que distingue os melhores espetáculos realizados em território mexicano ao longo do ano. O seu concerto na Cidade do México, em outubro de 2014, foi considerado um dos cinco melhores na categoria de Música Tradicional.

Documentários

No início dos anos 2000, a cadeia japonesa de televisão NHK, reconhecendo em Katia Guerreiro um valor incontornável da música portuguesa, desloca uma equipa de jornalistas a Portugal para produzir um documentário de uma hora sobre a sua carreira e vida.

Em 2004, o prestigiado canal cultural francês TV Mezzo produz um filme inteiramente dedicado à artista, reforçando o seu reconhecimento internacional como embaixadora da cultura e da música portuguesa.

Salas e Grandes Concertos

Em 2004, Katia Guerreiro brinda a França e o Japão com dez atuações em cada um dos países. Ainda nesse ano, recebe um convite para inaugurar uma nova sala de concertos em Berna, na Suíça, e também para atuar na Ópera de Lyon, em França.

Em 2010, após um ano intenso de concertos por todo o mundo — incluindo uma digressão por dez cidades norueguesas — as comemorações do seu 10.º aniversário de carreira culminam com dois espetáculos grandiosos: no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, e no Alhambra, em Paris. Nesse mesmo ano, lança o álbum duplo 10 Anos – Nas Asas do Fado, que reúne os melhores momentos da sua discografia e inclui duetos originais com vários artistas.

Em janeiro de 2012, pisa pela primeira vez o palco do mítico Olympia, em Paris, com sala esgotada. Este espetáculo dá origem ao seu primeiro CD/DVD ao vivo, Katia – Live at the Olympia, editado em 2013.

Em janeiro de 2016, dá um concerto memorável na Grande Salle da Ópera de Lyon, tornando-se a primeira artista portuguesa a cantar nesse palco. A sua Tour 2016 começa e termina em França, passando também pela Noruega, Brasil, Espanha e Portugal, onde atua em várias cidades no âmbito do festival “Adoramos a Nossa Gastronomia com Coca-Cola”, como sua embaixadora.

Em 2017, concretiza o sonho de partilhar o palco com um dos artistas que mais admira: o maestro Plácido Domingo. O desejo de ambos em cantar juntos torna-se realidade em maio, num espetáculo memorável no MEO Arena, em Lisboa.

Nesse mesmo ano, o concerto na Catedral do Luxemburgo, em junho, é considerado “um momento único e histórico para a cultura portuguesa e para a multiculturalidade do Luxemburgo”.

Em 2019, atua em Bezons e Paris (França), Zagreb (Croácia), Bruxelas (Bélgica), Madrid e Segóvia (Espanha), Trondheim (Noruega), Lagos, Alcácer do Sal, Fundação Aga Khan, Guarda, Braga, Vila do Bispo, Loures, Palácio da Cruz Vermelha, Mafra, Avis, Monsaraz, Valpaços, Tavira, Aeroporto de Faro e no festival Santa Casa Alfama. No final desse ano, apresenta-se no Coliseu do Porto, num espetáculo de homenagem ao produtor musical do seu disco Sempre, José Mário Branco.

Desde o início da sua carreira, Katia Guerreiro tem-se apresentado em grandes salas de concerto por todo o mundo: do Centro Cultural de Belém aos Coliseus de Lisboa e Porto, passando pela Filarmónica de Berlim, Théâtre de la Ville (Paris), Centro Cultural Tjibaou (Nova Caledónia), Théâtre de La Sucrière (Marselha), Saikacho Sogo Fukushi Center (Nagasaki), Kokusai Forum (Tóquio),

 

Melparque Hall (Osaka), Ópera de Lyon, Catedral de Reims, Olympia de Paris, Palais des Beaux-Arts (Bruxelas), Ópera de Vichy, Théâtre National Mohammed V (Rabat), Ópera de Rennes, Sala Sinfónica do CCK (Buenos Aires), Teatro Nescafé de las Artes (Santiago do Chile), Teatro Mayor (Bogotá), Gran Teatro Nacional (Lima) e Opera House (Ancara), entre outros.

Festivais

Katia Guerreiro tem visto o seu talento reconhecido internacionalmente, sendo frequentemente convidada para representar Portugal em importantes festivais de música, como o Arts Alive, na África do Sul; Voix de Femmes, em Marrocos; e o Festival Internacional de Dança e Música de Banguecoque, na Tailândia, entre outros.

Em dezembro de 2015, atua no concerto de encerramento do Festival Sefarad de Montréal, no Canadá. O espetáculo Trilogia Andaluza reuniu em palco a cantora marroquina Amina Alaoui, o cantor de flamenco Marcos Marin e o ensemble OktoÉcho, dirigido por Katia Makdissi-Warren, também diretora artística do festival.

Em março de 2017, é convidada para atuar no Al Bustan Festival, em Beirute, cujo tema nesse ano foi “Rainhas e Imperatrizes do Oriente”.

Em agosto do mesmo ano, apresenta-se no Festival Internacional de Teatro de Mérida, no espetacular Teatro Romano, onde partilha o palco com Arcángel e Las Nuevas Voces Búlgaras.

Poderá dizer-se que a promessa se está a cumprir e que todos aqueles que estiveram presentes naquela mítica noite no Coliseu de Lisboa, em 2000, poderão sentir-se orgulhosos por fazer parte desta história — e deste Fado.

Katia Guerreiro é considerada uma das mais importantes fadistas entre o final do século XX e o início do século XXI. Seguramente faz — e fará sempre — parte da História do Fado, ao lado de todos os que nos deixaram essa herança: aqueles que, ao longo de mais de um século, contribuíram para construir, desenvolver e preservar a dignidade desta canção. Assim como Katia Guerreiro, que um dia, sem querer, foi marcada pelo fado… de ser Fadista.

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